domingo, 15 de fevereiro de 2009

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Espasmos de Loucura




Uma Leila
Uma Marilyn
Uma Diva

Brotando em mim

Um Grito de Liberdade
Uma manifestação feminista?

Não. Uma enchurrada feminina.

É Vênus nascendo do mar
É Iemanjá me adotando de vez
É o sol na casa 7
A janela sempre fechada. Ela lavava os pratos e aquilo era uma espécie de terapia como um ópio para apagar a sensação de claustrofobia que aqueles buracos enormes na parede (tampados com vidro) causavam.
Ela só queria ver a primavera entrar.
O verão já havia chegado doce como canela, mas....
os cabelos dela e das outras continuavam presos.
Não pegava nem as chuvas de verão ...
tinha um pedaço de vida preso naquelas janelas.
Quantos orifícios tampados.
Quantos buracos blindados.
Quanta vida lá fora...
Sonha com o vento que iria soltar seus cabelos
como aquele vento antigo chamado Saulo, agora Zéfiro.
Um amigo que trazia boas vibrações ... e notícias de um sol que descansava numa casa de número 7.

E se quebrasse o vidro?
E se matasse o minotauro?

Não... era como deixar aquela areia no biquíni depois de um dia de praia ou como um gosto amargo na boca ou como brigar com uma das partes de um todo.

Queria apenas ver a primavera entrar soprando suave
cantigas que me lembram
a paz que nunca tive
mas sempre sonhei
ou as flores na janela
que ainda abrirei.