terça-feira, 30 de junho de 2009

Volta verão

Ai Marzão
Entra na minha alma
E me traz de volta o verão

Aquela sensação de festa
De havaiana branca
De gente sem pressa
De turista chato
De calor ingrato

Aquela beleza que preenche
De brilho de entusiasmo
De vida acompanhada
Caminhando no calçadão

Mas só sopra vento gelado
E cansei de estar só
E no tempo errado

Sofrida, doida, resfriada
Cobertor, chá,
Cheiro de vida embrulhada

Mas hoje fiz sol
E sol me fez
Mais contente...
Cheguei a achar que era gente

Essas gentes que andam
Trabalham, namoram
Sorriem

Mas lembrei que não era
Verão e eu era apenas solidão

Na praia bonita
Achando que era gente
mas era só alma fria

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pra ser poesia tem que rimar?
Qual é o conceito?
Desculpa perguntar
Comecei há pouco tempo
Tudo sem estudo, sem fundamento

O verso solto queria voar
Não sabia se com outro se juntava
Ou se logo ganhava o ar

Voa frase vai pra onde te encanta
Não me importa rimar
nem movimento virar dança

Que seja conto então,
Já que é uma história
Sem muito padrão

E se rimasse com coração? Seria piegas?
Não sei, só sei que cansei de seguir suas regras

Precisava intitular, dizia ele, dar um formato
Eu disse: que moço mais ingrato!

Desculpa a minha ignorância
É que não estudei poesia quando era criança

Escrevo pra minha alma aliviar
Dessa dor que insiste em me calar

Não sei se morro
Não sei se mato
Escrever já é um ato!

Só não sei se entra no formato!

Se é verso, prosa ou conto
Não sei dizer
Agora dá licença
Eu to afim de escrever

Rima pobre
Alma rica de ilusão
de metáfora
É só uma percepção

São impressões da vida que levo
Tudo parte de um Universo Paralelo

Você ta pensando o quê? Que eu não sei rimar?
Aceitei o desafio sem me descabelar
Agora posso dizer o que penso?

Poesia de muito, é pouca!