segunda-feira, 28 de junho de 2010

Moda Verde Amarela


Sabe, eu fico mesmo comovida quando saio na rua e me deparo
Com aquela legião, aquele monte, o enumerando mar de camisetinhas amarelas.
Tem de todo tipo!
Com listra, de bolinha, com verde, azul,
Fita de cabelo, relógio bicolor, estrelinha...
Muitas combinações de bandeira.
Meião, apito, corneta, chapéu, salve a seleção!
É uma festa de moda patriota!
Fico toda arrepiada, sério!
Levanto da cama toda animada, com aquelas buzinas infernais e rio dizendo:
“que bom, somos mesmo, tropicais!”
Eu sei que futebol não põe mesa, não resolve a saúde, nem dá educação
Sei que esse lance de copa não resolve a política
Desvia o povo da eleição.
Mas.... Tenho que admitir
É bonito ver essa emoção
Toda essa gente unida
Ah... Gente!
Dá mesmo arrepio, Frio na barriga
Quando vejo a seleção de trabalhadores entrando
No campo da torcida
É bandeira, sorriso, camisa, Aperto de mão,
Brincadeira, piada, amizade com o motorista, o porteiro, o garçom!
Tudo vira conversa, Comentário.
Na rua, no metrô, mesa ao lado, beira de balcão.
Eu poderia reclamar do engarrafamento, do dia útil perdido,
Da lotação no metrô.
Poderia... Achar absurdo
O povo nem saber em quem vai votar
Mais o nome dos jogadores sortudos, com salários de milhão, há!
Isso ninguém vai esquecer, não!
Gosto mesmo é de ver o povo alegre
Com motivo pra comemorar,se unindo, se espremendo,
Cantando hino... A batucar!
Eu sei que futebol não tira fome, nem ajuda na cultura
Mas podia ter copa todo ano!

domingo, 27 de junho de 2010

Meninas

Nossos cabelos misturados no chão.
Quanta lembrança,
Dor, momentos...
Imagens de quando éramos crianças.
Barbies, árvore, pique-esconde
Hoje mulheres.
Na frente de um espelho escolhem roupas, decidem futuros,Fazem compras.
No caminho levam tomate, amizade, cebola, manjericão, coentro, Confiança .
Caminham juntas pra casa, risadas,
Conselho de amiga
Fazer almoço, tomar uma cerveja
Falar de homens, dinheiro, espiritualidade, Vida.
Seguem rumos diferentes
Passam por muitas idas , voltas, reencontros despedidas.
Mantendo o laço que as une...antes de brinquedo hoje imune.
Sentadas no metrô riem de seus destinos
E planejam fantasias de carnaval.

Deriva

Não vejo a hora

De ir embora

De mudar de vida

Devia eu?

Derivar, desviar de rota

Devia cartões de créditos

Acreditaria eu?

Que de vida não tinha nada

Roupas jogadas

Sono nos dias

Olhos abertos na madrugada

À deriva

E quem vinha me salvar?

Uma mensagem de facebook ou celular?

Poema besta de beira de privada

Escrevia, lia e não fazia nada.

Mudar de vida, De estrada

Sair da depressão dos dias

Encarar os obstáculos, Nãos e ferroadas

Siga – Dizia a placa

E eu Pare.

Perigo na caminhada.

Ai... caminhada Tortuosa de realizações de sonhos

Conquistas, medalhas.

Dá só pra viver sem querer subir no pódio?

Quisera eu mudar a deriva

Pagar a dívida

Ser alguém melhor e mais feliz.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Uma Brecha

Me chama ...
quero fazer parte do seu coletivo
Deixar de ser só o meu umbigo
a perambular nas ruas e achismos
do meu eu particular.
Tem um lugar pra mim?
Uma cadeira vazia, um espaço na fila,
Uma função pra executar?
Me chama
me liga
Me telefona
Tem um (x) pra eu marcar?
Posso ser da trupe,
Do grupo, do time, da confraria,
Da rapaziada, da roda de samba, da bruxaria,
Assisto tuas aulas, compro camisa, colo adesivo,
Grito de guerra, vendo idéia
Posso participar?
Me chama pra brincar?
Discutir, debater, criar, dividir, ler, realizar
Conseguir, rezar, comparecer, fazer rir,
Completar.
Por mensagem, scrap ou celular
Vai... abre uma brecha desse seu coletivo particular.