quinta-feira, 21 de maio de 2009

O FIM DAS UTOPIAS

Meu mundo caiu no momento que me percebi vendendo a alma pro Diabo e a bunda pro inimigo.
É o que se paga pra conseguir o que se quer.E acabou isso de ver a alma das pessoas.
Isso de saber como se viver. Não sei mais nada.
Vou fingir que não vejo tanta sombra e tantas trevas.

Quantas vezes meu mundo caiu?
Quantas vezes você vai me insultar e me deixar sem defesa?
Quantas vezes serei mal interpretada?

Frágil. Me chamou. Achando que me agredia, mas me elogiava. Sabia ser forte principalmente na minha fragilidade.

Eu rezava e achava que era boa.

Batia na sua cara por me achar correta.
Você me devolvia o tapa com força maior.
Tomei na cara por dizer o que penso.


“Não me ensine à viver” você disse.

“Não grite comigo.” Eu respondi.

São tantas coisas.

Eu só podia rezar.

E aquele sonho passou.

Chamei meu filho no canto e lhe disse: “Não confie em ninguém, nem em você mesmo; você pode estar se mentindo.”

Se eu não enxergasse tantas coisas seria melhor. Mas eu as via passear na minha memória.

“Vai continuar gritando?” Retruquei. Pra mim Acabou Parte II.
Porque a primeira parte se foi no momento em que seus devaneios materiais destruíram minhas utopias.

Te julguei e tomei no centro de mim.

Me atirou o vazo de merda na cara.
Me atirou todo o seu lodo, toda a sua feiúra.
Me atirou não nas costas e sim na cara.
Nesse duelo vi minhas pérolas caírem e junto com elas os porcos se deliciavam.
Aplaudiram minha queda.

Mas eu, guerreira tradicional, só desistirei quando não tiver mais alma.

Pois a minha carne já foi consumida pelos seus vermes.

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