domingo, 8 de agosto de 2010

Culpa no cartório (poema pras horas críticas)


Que papo é esse de certo e errado
De inocente ou culpado
Que você vem me dizer
É, você mesmo aí do outro lado
Pensa que é quem pra me condenar ou me defender?
Qual é a sua?
Você aí dentro desse espelho
A repetir meus movimentos
Ser a replica de meus pensamentos
Minha imagem derretida de LSD
Há! Me polpe! Vai se fuder!
Com essa cara de correta, ainda chora fingi que é poeta
me olha com esses olhos
me reprova e diz ta tudo errado
Se martirise
Perca suas horas a se matar de chorar escutando essas vozes de minha mente
Calem a boca malditos moralismos
Regras de etiqueta e certos costumes
“não tenha ciúmes”
“não morra de amor”
“coma sempre moderado”
“compre com o preço mais barato”
“pense antes do 1 ato.”
Fecha a porta desse armário mofado
destrói toda essa vontade de acertar
Abra as gavetas deixe sair essas lindas borboletas
que não se preocupam em acertar
Por favor cure esses complexos
e daí se meus atos não tem nexo?
era pra ter, nesse mundo complexo onde me sinto um E.T?
Só pode estar tudo trocado nessa cabeça pra baixo
Nesses olhos tristes numa noite de sábado
e dá pra parar de Rima procurar
palavra caber
passar em vestibular
prêmio merecer
declaração assinar
aplauso receber
E tudo isso pra CURAR a porra do abismo
entre o que eu sou e o que eu pretendo ser.

5 comentários:

  1. Clap! Clap! Clap! Clap! Clap! Muito bom!

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  2. Essa porra de abismo é uma merda, né!? Rsrs... Mas é bom demais tb. Adorei, Larissa. Te ouvi falar. Que tal a roda dia 27? Beijo.

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  3. Obrigado pelo comentário no meu Blog, gostei do seu tbém. Parabéns! Ah, Paraty foi ótimo, primeira vez, poemas, encontros, e até uma nota no jornal. Valeu!

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