domingo, 1 de agosto de 2010

Destemida

Tive medo da minha coragem.
Era solta demais.
Intestino preso; nunca!
Perguntar a procedência, jamais!
Nas estradas, solturas, acampamentos
cada hippie, cada Buda, cada olhar.
De tapiocas e carinhos
De sintéticos, barbitúricos, anestésicos
De loucura, cerveja, cachaça e vinho...
Cada filosofia de mendigo,
Sermão de louco de rua
Palavra de senhorinha em porta de supermercado
Cada criança que fala e nem sabe o que falando
Tudo anjo....
Tudo sinal do além
Essas coisas que nos são enviadas e nunca se sabe por quem.
Sei que busco a entrega, mas não sei onde está
Mas quando a vejo nas telas
Fico louca, doida
Choro, pulo da cadeira
E penso..
“quero estar lá”
Nesse tempo infinito
Nesse instante imprimido
Na película ou no celular
Cada foto na parede
Conta minha trajetória, meu lugar
Sei lá onde vou estar nos próximos anos.
Só pedi pra você me amar
Só solta esse amor louco
Deixa a vida fluir
Podemos seguir juntos
E depois separar
que mal tem
Pegar carona numa história de cinema?

2 comentários:

  1. lindo, lindo! e muito real pra mim!
    me lembrou: vem, me leva pra algum lugar limpo, me faz um carinho como nas canções de rádio...

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  2. É bem o que conversamos. Te admiro demais, sempre admirei. Vou ler você pra te conhecer de novo. Bom que você esta de volta. Tudo de bom. Beijos.

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