domingo, 14 de março de 2010

4 de novembro estranho

Hoje acordei e senti medo da vida.

Encontrei uma borboleta morta na escada.

Lembrei da camisa branca desbotada, nela haviam guitarras aladas.

Guitarras mudas.

O ensurdecedor cheiro da culpa

E esse gosto de calor abafado.

É estranho ver borboleta morta.

É estranho fazer aniversário quando não se tem certeza de nada.

A vida como uma grande nuvem de erros.

O peso dos anos... as desavenças inúteis.

As palavras incompreendidas.

Doenças que assustam. Compromissos adiados.

O olho abrindo já querendo fechar.

Um comentário: